Quando saímos de bicicleta e principalmente quando vamos fazer um percurso longo ou curto, temos que levar conosco uma série de elementos básicos que nunca podem faltar, eu diria que são essenciais. Temos que ser autossuficientes em nossas saídas e evitar possíveis sustos que possam nos deixar presos no meio do nada. Seja Mountain Bike, estrada, cascalho ou qualquer outra disciplina. Vamos a isso... e descubra o material essencial para o BTT!
O rei das avarias são os furos. Quantas vezes saímos e tocamos um DJ e não tínhamos um tubo sobressalente e tivemos que pedir a alguém ou ligar para ser pego? Já me aconteceu muitas vezes! Com os atuais sistemas Tubeless, o risco de "ficar preso" é bastante reduzido, mas mesmo assim, ainda pode acontecer que o líquido não feche o buraco e tenhamos que recorrer a uma câmera. Portanto, é ESSENCIAL, pelo menos, levar conosco uma câmara reserva e muito importante que esta câmara seja compatível com nossas rodas; tamanho e tipo de válvula. A câmera seria a top 1 no material essencial para MTB. Não se esqueça!
Existem muitos no mercado, mas recomendo um que seja compacto, leve e de boa qualidade. Alguns estão integrados na moto. É importante que você incorpore uma ferramenta de corrente (ou leve-a separadamente), para consertar a corrente em caso de quebra. Muitas vezes recorri a ele, por exemplo, para pressionar a caixa de câmbio no meio de um percurso.
Muito importante poder retirar e colocar o pneu, após o furo. São plásticos pequenos (geralmente três, mas com dois você se vira). Muitas pessoas já acostumadas a trocar rodas não usam, mas por precaução eu sempre as carrego comigo pois não ocupam nem pesam nada.
Se furarmos e colocarmos um tubo, temos que encher, para isso podemos recorrer a pequenas garrafas de ar comprimido (são muito práticas porque não ocupam muito, mas é preciso ter cuidado ao utilizá-las) ou à típica mão bombear. Devemos ter em conta que a bomba ou o adaptador da bomba de CO2 é compatível com o tipo de válvula das nossas rodas (Presta ou Schrader).
De vez em quando, normalmente acontece mais em Mountain Bike, fiz uma grande rachadura no pneu que não consegue vedar o fluido e por isso o pneu tem que ser consertado. Existem muitos kits no mercado, pessoalmente eu uso algumas mechas que ficam escondidas no guidão, para economizar espaço. São fios pegajosos que servem para preencher ou cobrir o corte e, quando misturados ao líquido antifuro, vedam o pneu.
Se quebrarmos a corrente, com um elo de liberação rápida e a ferramenta de corrente (mencionada acima), podemos consertá-la em um instante. Muito importante que este elo de liberação rápida seja compatível com sua corrente; 9, 10, 11 ou 12 velocidades.
Um tópico muito importante, ao qual muitas pessoas não prestam atenção suficiente. O tipo e a quantidade de comida e bebida que temos que escolher varia muito, tudo depende da intensidade e duração do percurso. É uma questão muito pessoal e embora existam parâmetros gerais para todos, nem todos sentem o mesmo sobre o que cada um toma. Eu pessoalmente tenho uma estratégia preparada para testar tentativa e erro, mas também apoiada por especialistas. Recomendo bebidas iso ou hipotônicas, e a ingestão de cerca de 30 gramas de carboidratos por hora, quando nossa atividade física for durar mais de duas horas e/ou estiver quente.
Por último, acrescento que ande sempre com telemóvel, documentação e dinheiro. Sempre digo o percurso que vou fazer e quanto tempo vai durar aproximadamente para evitar possíveis sustos.
Natalia Fischer é MountainBiker profissional e embaixadora da Sizen